terça-feira, 31 de agosto de 2010

Farmácia Ramalho

    
     O prédio da farmácia Ramalho é um dos mais antigos da cidade de Russas, não se sabe exatamente o ano de sua construção. No ano de 1912 o senhor José Ramalho instalou sua farmácia, nesta casa que pertencia ao seu pai. Localizada ao lado da igreja Matriz, pela Avenida Dom Lino, é um imponente sobrado de linhas arquitetônicas tradicionais da cultura dos russanos. A cadeira de escrivaninha é um símbolo da reflexão, do labor intelectual, da espera pelo reconhecimento, da memória dos nossos antepassados. Essa peça de mobília representa a continuação de um trabalho há muito tempo iniciado em prol do povo russano e que ainda continua presente nos nossos dias, a tradição.




(foto e texto retirado do site www.russas.ce.gov.br)

Vai dizer que nunca bebeu?!

     Esses daí são do meu tempo. Eram os refrigerantes da época de 70 e 80. Quem nunca tomou um Crush com sabor forte de laranja, com pedaços de não sei o que na garrafa para dar a impressão que tinha pedaços de laranja dentro.
     E o guaraná Wilson então, não sei se dar para comparar com os guaranás de hoje, mas para a época era o que tinha de melhor.



     Não sei se ainda existe algum desses, mas, viveram sua época e ficaram marcados na memória de muita gente.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Vixe! 1900 e antigamente.



Caminhão Misto Chevrolet - 1948



O veículo da foto é um caminhão Chevrolet ano 1948, sobre o qual foi montada uma carroceria de madeira com 3 boléias. Destinava-se ao transporte de carga e passageiros entre Fortaleza e Russas. Pertencia a Jaime Gomes da Silveira.

domingo, 29 de agosto de 2010

Saudades





Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!

Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias
Do despontar da existência!
— Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;

O mar é — lago sereno,
O céu — um manto azulado,
O mundo — um sonho dourado,
A vida — um hino d'amor!

Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!

O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!

Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!

Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
— Pés descalços, braços nus

— Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;

Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!

................................

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!

— Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!



Cassimiro de Abreu