domingo, 26 de setembro de 2010

Monumento em homenagem a Manoel Matoso Filho

      Encontra-se na Praça da Prefeitura (por detrás da Matriz de Russas), o monumento em homenagem a Manoel Matoso Filho, interventor do município, na ditadura de Vargas, de 2 de dezembro de 1937 a 1945.








terça-feira, 21 de setembro de 2010

O Pelourinho

O Pelourinho da Villa de São Bernardo - Praça Monsenhor João Luís

" O Ouvidor Bel. Manoel Leocadio Rademaker Erigio
Aqui o Pelourinho da então Villa de São Bernardo do Governador
06/08/1801

Sob os auspicios do povo de Russas e do "Instituto do Ceará"
foi levantado este monumento
02/08/1920 "





A Coluna da Hora

         Localizada na praça Monsenhor João Luís, a coluna da hora foi inaugurada em 1940, na gestão do Prefeito Manuel Matoso Filho.
"JUNHO DE 1940
INTERVENTOR FEDERAL DO ESTADO
DR. FRANCISCO DE MENEZES PIMENTEL
PREFEITO MUNICIPAL
MANUEL MATOSO FILHO

HOMENAGEM AO
CAP. MANUEL CORDEIRO NETO
SECRETÁRIO DE P.S.PÚBLICA

RELÓGIO OFERECIDO A MUNICIPALIDADE
PELOS RUSSANOS
POR INTERMEDIO DA COMISSÃO
FRANCISCO CORDEIRO JUNIOR
JOEL DA FONSECA LOBO
JOÃO VITAL FERREIRA LIMA
FRANCISCO EZONAM DE SANTIAGO
EDVALDO LEITE DE OLIVEIRA
CUSTODIO PRIMO GUIMARAES
JOAQUIM TORRES FERREIRA
VICENTE LEITE DE OLIVEIRA
JOSÉ DELFINO JUNIOR
JOSÉ MATOSO DE OLIVEIRA
DIOCIECIO AGOSTINHO DE SOUZA
MARIO MILTON TORRES FERREIRA
JOSÉ RAMALHO DE OLIVEIRA
FRANCISCO MAIA PERDIGÃO
JOÃO BATISTA FERREIRA LIMA"





sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Finalmente o RONDA chegou



    Finalmente o Ronda do Quarteirão chegou em Russas, desde o dia 10 de setembro estamos com as viaturas circulando pela cidade.
    Sei que é cedo para elogiar, mas já sentimos uma certa tranquilidade na cidade. Parabéns a Russas, que merece continuar uma cidade pacata.
     E já que estamos falando de policiamento, um pouco de nossa história, tirado do site www.planetavale.com :


1º Batalhão de Polícia Militar
    O prédio do 1º BPM foi implantado quando era Secretário de Segurança Pública do Estado do Ceará o Cel. Cordeiro Neto. Por ocasião da compra do terreno para a construção do Patronato Coração Imaculado de Maria, uma das cláusulas exigidas era a de que fosse reservada uma parte do terreno para a construção do Quartel da Força Pública. O prédio do Quartel foi iniciado no dia 10 de agosto de 1936 e inaugurado em 10 de janeiro de 1937. O encarregado da construção foi o Capitão Ózimo Alencar. As obras orçadas inicialmente em 186:616$000 (cento e oitenta e seis milhões, seiscentos e dezesseis mil réis), tiveram seus custos reduzidos em mais da metade, em aproximadamente 75:000$000 (setenta e cinco milhões de réis), em função da utilização da mão-de-obra de presos correcionais.

    A unidade recebeu o título de “Quartel da 1ª Companhia do 23º Batalhão de Caçadores de São Bernardo das Russas”, e teve como primeiro Comandante o Capitão Raimundo Ferreira do Nascimento, auxiliado pelos Tenentes José Antônio e Oscar Borges Guilherme, e sendo guarnecida por 130 Praças, para uma população, à época, de 24.338 habitantes. Proporcionalmente, hoje esse número é muito superior ao efetivo existente. Pela Lei Estadual nº. 63 de 1º de abril de 1940, que dividiu a Força Policial do Estado do Ceará, Russas passou a compor a Segunda Região Militar, sendo Fortaleza a primeira.

    Atualmente o 1º BPM tem como Comandante o Cel. Rômulo Tavares Macedo, sendo este Batalhão responsável por 5 Companhias que abrangem 37 cidades do Vale do Jaguaribe. O 1º Batalhão de Polícia, em parceria com a Prefeitura de Russas, desenvolve o projeto “Policiamento Integrado” uma ação de policiamento montado, onde uma equipe de quatro guardas municipais e um policial militar realizam patrulhamento nos bairros mais afastados e locais de difícil acesso de Russas, iniciativa que visa a prevenção do crime. A tradição militar em Russas é antiga, se levarmos em consideração a instalação do Forte Real de São Francisco Xavier em 1696, primeiro do interior do estado do Ceará. Este Forte localizava-se onde hoje estão alguns prédios comerciais na Avenida Dom Lino ao lado da Praça Monsenhor João Luís.



   

sábado, 4 de setembro de 2010

UNECIM


     A UNECIM, sigla sugerida pelo padre Edvaldo Moreira de Sousa, teve sua fundação em 25 de julho de 1937. Um ano antes visitava a cidade de Russas o padre Teodoro kokke, orientador espiritual da Congregação das Filhas do Coração Imaculado de Maria. Instalado na casa do então vigário Monsenhor Vital Gurgel Guedes, ouviu a proposta da criação de um colégio com o nome de Coração Imaculado de Maria. Voltando ao Pará, o padre Teodoro apresentou a vontade da Paróquia russana para a Madre Geral da Congregação. É quando no dia 25 de julho de 1937, chegam a Russas para assumir o colégio para meninas, as Irmãs da Congregação do Coração Imaculado de Maria, sendo elas, Irmã Maria Gabriela, Irmã Escolástica, Irmã Maria Raimunda e a Madre Maria de Jesus.

     No início era apenas uma escola primária denominada Patronato Coração Imaculado de Maria. Posteriormente, no ano de 1938, foi criada a Escola Sagrado Coração. Em 1946 é criado o Ginásio Coração Imaculado de Maria. E em 1950, era implantada a Escola Normal Coração Imaculado de Maria. Esses prédios hoje fazem parte da UNECIM (Unidade Educacional Coração Imaculado de Maria). Uma das irmãs diretoras mais carismáticas que temos tido a oportunidade de conviver é a Irmã Maria da Graça, hoje aos 90 anos, mora na Casa das Filhas de Maria em Russas.

     Atualmente a direção da UNECIM está sobre o comando da Irmã Maria do Socorro. Com sua imensa capacidade organizacional e administrativa vem expandindo as instalações do colégio, misturando o tradicional e o moderno. Ambos com grande bom gosto, característica dos profissionais que trabalham sempre vigilantes ao bom andamento desta valiosa instituição russana.

texto e foto extraídos do site http://www.planetavale.com/

foto atual da UNECIM




quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Colégio Estadual Governador Flávio Marcílio

     O Ateneu São Bernardo foi instalado no dia 12 de março de 1937 em um prédio pertencente ao senhor Lino Gonçalves de Oliveira e foram matriculados 136 alunos. Depois foi transferido para um prédio maior, mediante arrendamento, pertencente a Manuel Jerônimo de Santiago.

     Em 1939 o prédio foi doado pela família Santiago para a Ordem Terceira Franciscana da Paróquia de Russas, neste mesmo ano foi construída a capela de São Francisco junto ao Ateneu.

     No ano de 1946, mudou sua nomenclatura para “Ginásio Jaguaribano”. Depois, passou a se chamar “Ginásio Estadual Governador Flávio Marcílio”, em 1958. E finalmente em 1963, passou a se chamar, como é conhecido hoje: “Colégio Estadual Governador Flávio Marcílio”. Em 1972, o Estadual, como é conhecido passa a ser misto, aceitando moças e rapazes. Antes desse ano, funcionava em regime de semi-internado para homens, enquanto o Colégio das Irmãs, atendia a educação feminina. Grandes nomes passaram pela sua direção, como é o caso do senhor Osmar Dantas.

texto e foto extraídos do site http://www.planetavale.com/


foto atual do Colégio Estadual




A praça central



Praça Monsenhor João Luís



ao fundo a coluna da hora e a igreja Matriz de Russas

A triste partida





Meu Deus, meu Deus. . .


Setembro passou
Outubro e Novembro
Já tamo em Dezembro
Meu Deus, que é de nós,
Meu Deus, meu Deus
Assim fala o pobre
Do seco Nordeste
Com medo da peste
Da fome feroz
Ai, ai, ai, ai


A treze do mês
Ele fez experiência
Perdeu sua crença
Nas pedras de sal,
Meu Deus, meu Deus
Mas noutra esperança
Com gosto se agarra
Pensando na barra
Do alegre Natal
Ai, ai, ai, ai


Rompeu-se o Natal
Porém barra não veio
O sol bem vermeio
Nasceu muito além
Meu Deus, meu Deus
Na copa da mata
Buzina a cigarra
Ninguém vê a barra
Pois a barra não tem
Ai, ai, ai, ai

Sem chuva na terra
Descamba Janeiro,
Depois fevereiro
E o mesmo verão
Meu Deus, meu Deus
Entonce o nortista
Pensando consigo
Diz: "isso é castigo
não chove mais não"
Ai, ai, ai, ai


Apela pra Março
Que é o mês preferido
Do santo querido
Senhor São José
Meu Deus, meu Deus
Mas nada de chuva
Tá tudo sem jeito
Lhe foge do peito
O resto da fé
Ai, ai, ai, ai


Agora pensando
Ele segue outra tria
Chamando a famia
Começa a dizer
Meu Deus, meu Deus
Eu vendo meu burro
Meu jegue e o cavalo
Nós vamos a São Paulo
Viver ou morrer
Ai, ai, ai, ai

Nós vamos a São Paulo
Que a coisa tá feia
Por terras alheia
Nós vamos vagar
Meu Deus, meu Deus
Se o nosso destino
Não for tão mesquinho
Cá e pro mesmo cantinho
Nós torna a voltar
Ai, ai, ai, ai

E vende seu burro
Jumento e o cavalo
Inté mesmo o galo
Venderam também
Meu Deus, meu Deus
Pois logo aparece
Feliz fazendeiro
Por pouco dinheiro
Lhe compra o que tem
Ai, ai, ai, ai

Em um caminhão
Ele joga a famia
Chegou o triste dia
Já vai viajar
Meu Deus, meu Deus
A seca terrível
Que tudo devora
Lhe bota pra fora
Da terra natá
Ai, ai, ai, ai

O carro já corre
No topo da serra
Oiando pra terra
Seu berço, seu lar
Meu Deus, meu Deus
Aquele nortista
Partido de pena
De longe acena
Adeus meu lugar
Ai, ai, ai, ai

No dia seguinte
Já tudo enfadado
E o carro embalado
Veloz a correr
Meu Deus, meu Deus
Tão triste, coitado
Falando saudoso
Seu filho choroso
Exclama a dizer
Ai, ai, ai, ai

De pena e saudade
Papai sei que morro
Meu pobre cachorro
Quem dá de comer?
Meu Deus, meu Deus
Já outro pergunta
Mãezinha, e meu gato?
Com fome, sem trato
Mimi vai morrer
Ai, ai, ai, ai

E a linda pequena
Tremendo de medo
"Mamãe, meus brinquedo
Meu pé de fulô?"
Meu Deus, meu Deus
Meu pé de roseira
Coitado, ele seca
E minha boneca
Também lá ficou
Ai, ai, ai, ai

E assim vão deixando
Com choro e gemido
Do berço querido
Céu lindo azul
Meu Deus, meu Deus
O pai, pesaroso
Nos filho pensando
E o carro rodando
Na estrada do Sul
Ai, ai, ai, ai

Chegaram em São Paulo
Sem cobre quebrado
E o pobre acanhado
Procura um patrão
Meu Deus, meu Deus
Só vê cara estranha
De estranha gente
Tudo é diferente
Do caro torrão
Ai, ai, ai, ai

Trabaia dois ano,
Três ano e mais ano
E sempre nos prano
De um dia vortar
Meu Deus, meu Deus
Mas nunca ele pode
Só vive devendo
E assim vai sofrendo
É sofrer sem parar
Ai, ai, ai, ai

Se arguma notícia
Das banda do norte
Tem ele por sorte
O gosto de ouvir
Meu Deus, meu Deus
Lhe bate no peito
Saudade lhe molho
E as água nos óio
Começa a cair
Ai, ai, ai, ai

Do mundo afastado
Ali vive preso
Sofrendo desprezo
Devendo ao patrão
Meu Deus, meu Deus
O tempo rolando
Vai dia e vem dia
E aquela famia
Não vorta mais não
Ai, ai, ai, ai

Distante da terra
Tão seca mas boa
Exposto à garoa
À lama e o paú
Meu Deus, meu Deus
Faz pena o nortista
Tão forte, tão bravo
Viver como escravo
No Norte e no Sul
Ai, ai, ai, ai





PATATIVA DO ASSARÉ